INSTITUTO BUTANTAN E CELULARES NA ESCOLA


A prática de se aprender brincando já provou que funciona. A novidade é que a brincadeira é feita de forma digital. É o que propõe o programa Butantan Amazônia Muiraquitan Brasil, do Instituto Butantan, que agora é parceiro do governo do Estado. As escolas estaduais receberão, além de materiais como cartilhas e livros, celulares com aplicativos educativos, para que os alunos possam criar seus programas e games e interagir com o uso da internet.
A parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) implementará uma base de dados, para avaliar os alunos regularmente, uma infraestrutura para trabalho dos pesquisadores do Instituto e a disponibilidade de aplicativos para os alunos da rede pública estadual de ensino. O coordenador técnico do programa Butantan Amazônia, Luiz Felipe Moura, apresentou, para o secretário especial de Promoção Social, Nilson Pinto, as propostas que serão implementadas, inicialmente, em 151 escolas estaduais da região Metropolitana de Belém, Santarém e Belterra, no oeste do Estado.
A Seduc articula para o próximo ano a aquisição de recursos para financiar o programa que, quando implantado, oferecerá um celular tipo smartphone para cada três alunos. “Uma pesquisa em outros países mostrou que, entre as crianças, o celular é o meio mais usado, e isso tira a ideia para o aluno de que estudar é chato e melhora o aprendizado com as ferramentas que ele gosta de usar. Além do mais, o celular é um meio fantástico de acessibilidade, pois consegue atender alunos especiais, deficientes visuais e auditivos”, avalia Moura. As escolas participantes do programa receberão um certificado da Stanford University, renomada universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
O programa busca elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) por meio de uma plataforma de ensino multidisciplinar que usa o entretenimento para despertar a percepção do público para a realidade social e cultural do país. Os produtos usados colocam em prática o conceito de “edutrenimento” digital, uma espécie de difusão de conteúdos educativos em ambientes digitais como forma de entretenimento, proporcionando um melhor aprendizado.
“Cria-se uma educação em rede, pois os professores fazem os planos de aula, os alunos desenvolvem suas atividades e montam seus games sobre as matérias, devolvem aquele material para o professor e o educador pode usar isso com outros alunos”, explica o represente do Butantan.
O custo total da implantação do programa no Pará será de R$ 10 milhões – incluindo a construção de um centro na cidade de Belterra para dar suporte aos pesquisadores do projeto, um parque temático, um museu de história natural e um cinema 3D. A Seduc avalia a estrutura que o Estado já tem – como recursos humanos – para, assim, diminuir os gastos. Os recursos para a compra dos celulares smartphones para as escolas deverá vir do Ministério da Educação (MEC).

NOSSA OPINIÃO: A muito tempo o celular foi banido de nossas escolas, tido como vilão por chamar mais atenção dos alunos que os professores e ser usado para fins nada educativos agora será objeto de aprendizado. Quais as competências e saberes colocados em voga? Como ficam os professores e as escolas diante desta mudança? O que muda na rotina escolar com essa iniciativa?
Elyne Santiago - SEPROS
Fonte: Site SEDUC
Post: TC
Imagem: Web

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