Em um momento de popularização da imagem (gravura, gráfico e
fotografia) nas redes sociais, percebe-se que o uso inadequado ou
ilegal tornou-se regra. Muitos nem sabem que a simples ação de
entrar no Google e buscar uma imagem ou uma fotografia, para ilustrar
um texto se configura em um crime de apropriação indébita de
propriedade intelectual ou de direito autoral.
No caso da fotografia é necessário se fazer uma pergunta: porque
alunos e professores não produzem as fotos que utilizam nas
atividades da escola? Perceber-se até mesmo, em materiais
tradicionais da escola constituídos de texto e imagem, que não se
busca produzir um material autoral. Por exemplo, no dia das mães,
basta “pegar” no Google uma mensagem de texto e uma fotografia de
uma linda mãe nórdica com seu lindo filho... Isto é quase um
padrão. Nestes casos, antes mesmo do uso indébito do texto e da
imagem se configura o uso inadequado e descontextualizado da
realidade cultural Amazônica.
O ato indevido de buscar (roubar) no Google uma imagem estabelece os
objetivos das nossas oficinas de fotografia. Mostrar que é possível
nós produzirmos fotografia de qualidade no ambiente escolar;
reconhecermos a fotografia como uma linguagem acessível e enfática
de expressão e comunicação; e estabelecermos um diálogo estético,
crítico e artístico do nosso cotidiano e da nossa realidade
escolar.
MARCO BURO
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